A Justiça decretou a prisão preventiva do padrasto e da mãe acusados de estupro contra uma menina de 13 anos, em Várzea Grande. A prisão foi expedida pela Vara de Violência Doméstica e Familiar e a ordem encaminhada à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso (DDMCI) para ser cumprida.
A delegada Ana Paula de Farias Campos informou que foram realizadas tentativas de cumprir as ordens contra o casal, mas não foram localizados e são considerados foragidos. “Fizemos buscas e não foram localizados. Conversamos com a advogada que disse não saber do paradeiro dos dois”.
Padrasto e a mãe da menina de 13 anos são investigados em inquérito policial instaurado depois de denúncias de estupro de vulnerável e lesão corporal. A menina foi ouvida e confirmou na delegacia que era abusada desde os 9 anos e que a mãe tinha o conhecimento. O casal foi indiciado nos crimes, sendo o padrasto como autor e mãe como coautora.
A adolescente foi criada pela avó e aos 9 anos passou a morar com a mãe, na Comunidade Aroeira, região do bairro Alameda, em Várzea Grande, quando também passou a ser abusada dentro de casa, pelo companheiro da mãe. A menina também era agredida e teve o cabelo todo picado por ciúmes do agressor, que falava que ela não podia ficar bonita para outro homem.
Os suspeitos foram detidos no dia 28 do mês passado, depois de serem denunciados por familiares e vizinhos da menor. Na ocasião, uma guarnição da Polícia Militar conduziu os suspeitos até a Central de Flagrantes. Entretanto, não foi constatada situação de flagrância para justificar a lavratura do auto de prisão. Os dois foram ouvidos e os documentos produzidos foram remetidos a Delegacia da Mulher para continuidade das investigações.
Na delegacia foi instaurado inquérito policial, ouvidos vítima e testemunhas. Também foram feitas várias tentativas de localização dos suspeitos para serem interrogados. Entretanto, os suspeitos não foram localizados nos endereços constantes nos autos, bem como seus familiares e advogada alegam não ter ciência de seus atuais paradeiros.
Com relação a outra vítima, uma menina de 9 anos, irmã da 13 anos, a Delegacia da Mulher instaurou inquérito policial para apurar os abusos que ela também teria sofrido. Consta informação que mãe teria oferecido a virgindade da filha de 9 anos, para que o companheiro não a abandonasse. A menina teria sofrido atos libidinosos.