A polícia vai liberar Cristiano César Aguiar, Vanderlei de Oliveira e Réverson Waskiewecz Sene, presos desde 30 de agosto, por suspeita de suposto envolvimento no latrocínio da empresária Marlene Girardi, 34 anos, e sua filha Isadora, 5 anos. As prisões provisórias haviam sido decretaras pela justiça de Lucas e eles foram recambiados para Sinop. O delegado Flávio Stringueta informou, ao Só Notícias, que, por meio da quebra de sigilo telefônico dos três, confirmou que eles não tiveram nenhum contato com o quarto acusado, Rodrigo Leme de Almeida, conhecido como Bob, apontado como mentor do crime, que se suicidou dois dias depois de ser preso.
Bob contou, em seu depoimento, que Cristiano e Vanderlei teriam planejado o crime com ele, e, no dia, passado instruções via telefone. “Não foram encontradas ligações realizadas entre eles que demonstrariam que estavam agindo em co-autoria para a prática do crime. Dessa forma, não há indícios que nos permitam sustentar a manutenção da prisão temporária dos suspeitos”, explicou, o delegado.
Outro filho de Marlene, que sobreviveu após ser baleado, revelou que Rodrigo teria recebido ligações em seu celular. “Acredita-se que Rodrigo tenha simulado o atendimento dos telefonemas, pois precisava confirmar a existência de outros membros do grupo até mesmo para que não houvesse reação da família. Rodrigo falou ao Luiz Fernando que havia pessoas de Cuiabá cuidando do lado de fora, por isso pode ter simulado o atendimento dessas ligações”, acrescentou Stringueta.
Mesmo com a comprovação do não envolvimento no crime, Cristiano e Réverson devem responder pelo crime de posse irregular de arma de fogo, já que foram apreendidas duas armas em suas residências. “O inquérito ainda não foi concluído, restando ainda a inquirição de algumas pessoas que teriam recebido dinheiro do Rodrigo depois do ocorrido. Tentaremos resgatar todo o dinheiro roubado e entregá-lo ao marido e pai das vítimas”, concluiu Stringueta.
Relembre o caso
A empresária Marlene Girardi, 34 anos, foi abordada quando chegava em casa, com sua filha Isadora, de 5 anos, pelo acusado Bob. O outro filho dela já tinha sido amordaçado, quando chegou da escola. Após pegar o dinheiro que estava no cofre, R$ 2 mil, Bob teria levado mãe e filhos até o distrito de Primaverinha, a cerca de 30 km da cidade, onde atirou na empresária e no adolescente.
O garoto foi deixado no local, sendo encontrado somente no dia seguinte, baleado. Os corpos de Marlene e de sua filha, que morreu asfixiada, foram abandonados no porta-malas do carro, próximo da igreja matriz.