O delegado de Polícia Civil em Lucas do Rio Verde, Daniel Nery, confirmou, esta tarde, que o assassinato de Cleide Santos, 40 anos, tem motivação passional e com tráfico de drogas. Ele afirmou que a taxista mantinha relacionamento com o principal suspeito do homicídio, que está preso. "Ela contraiu dívida de drogas e prometeu aos traficantes que honraria com os bens da casa. Ele se separou e levou estes bens embora. Então, ficou esse impase de bens e a dívida com os traficantes (valor não informado). Ele passou a receber ameaça dos traficantes para honrar com essas dívidas. Na cabeça dele, matando a Cleide ele quitaria essa dívida". O delegado acrescentou que os traficantes seriam de Nova Mutum e o crime foi em Lucas.
A polícia ainda não divulgou nomes e informa que o homem que confessou o assassinato é casado. Segundo o delegado, Cleide seria sua amante. A polícia descobriu que o principal suspeito dominou Cleide, a colocou no carro e a levou a cerca de 10 km da cidade onde ela foi morta. O delegado informou ainda que a esposa do assassino "estava junto e ele mesmo relata que ela queria ver, apesar de não ter descido do veículo, ela queria ver a vítima morrendo". A versão do casal é que ao ser dominada, ela gritou por socorro e eles disseram que iria conversar.
Daniel Nery apontou que o crime foi com requintes de crueldade (ela levou golpes de facão e abdômen) e o casal deve ser indiciado também por ocultação de cadáver. "Ele é tão frio que não demonstra arrependimento e fez o que tinha que ser feito". "A ajuda dela (esposa) foi intensa. Ela vai figurar como co-autora do crime", afirmou.
O filho da mulher deve ser indicado também por co-autoria. O delegado concluiu que ele ajudou a monitorar os passos de Cleide e deu informações ao padrastro. O filho teve prisão decretada e está na cadeia. Antes do dia que dominaram a taxista, eles estiveram monitorando os passos dela por "três vezes", apontou o delegado.
Conforme Só Notícias já informou, o corpo estava em uma mata a cerca de 10 km da cidade e foi sepultado, hoje, em Lucas do Rio Verde. Cleide estava desaparecida há cerca de duas semanas.