A Polícia Civil deteve, nesta segunda-feira à tarde, o chefe da Ciretran em Lucas do Rio Verde, Carlos Girotto, após receber denúncia que estariam sendo lançados dados irregulares no sistema de registro das informações dos documentos de veículos. O delegado Rafael Scatalon, que conduz as investigações, informou ao Só Notícias, que foi descumprida lei e a forma com que os registros de dados de documentos estavam sendo feitos é irregular.
"Ele (Ciretran) tem que fazer a vistoria e decalque e, posteriormente, fazer o emplacamente. Ele estava por conta própria terceirizando esse trabalho para empresas de placas. Como ele não realizou a vistoria e fez a inserção de documentos, caracteriza inserção de dados falsos", explicou o delegado. "Ontem, foram inseridos dados no sistema e foram feitas vistorias em veículos por empresas de fábrica de placas. Não existe nada de propina. Não tem nada de corrupção. Em tese, ele querendo ajudar a população, agilizando atendimento (por causa que a maioria dos servidores da Ciretran está em greve) acabou descumprindo a lei", informou Scatolon. "Ele repassou atribuição para empresas, o que não é legal", concluiu.
Outro lado
O advogado Alexandre Willian de Andrade explicou, ao Só Notícias, que "os dados inseridos são verdadeiros. Não tem nada de falso. Não existe necessidade de prisão. Entedemos que possa ter ocorrido uma infração administrativa, mas crime está descartado. Ele (Girotto) estava fazendo vistorias e colocando os dados no sistema e o policial entendeu que não poderia ter sido feito isso. Ele estava fazendo esse trabalho com único objetivo de ajudar a população por causa da greve. São pessoas que precisam viajar, empresas que precisam transportar e estavam enfrentando problemas devido a greve", explicou. "Ele não ganhou nada com isso. Só estava ajudando porque há greve dos servidores na Ciretran", afirmou. Alexandre está solicitando ao judiciário luverdense a soltura de Girotto.