Os quatro homens apontados como líderes dos ataques em Cuiabá e outras cidades do Estado foram transferidos da Penitenciária Central do Estado (PCE) para uma unidade federal. Contudo, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) não confirma para onde eles foram levados.
Os quatro possuem ligações com organizações criminosas. Os dois últimos tiveram mandados de prisão cumpridos, no último domingo, dentro da unidade prisional de Cuiabá. Durante a busca, realizada nos raios 3 e 4 da penitenciária, foram encontrados aparelhos celulares e outros materiais que comprovam a participação nos ataques.
Um deles confessou que enviou um áudio ordenando que os comparsas causassem o terror na cidade. Já outros dois negaram a participação nos crimes. Contudo, em um dos aparelhos apreendidos foi constatado que um dos que negou estava em grupo de aplicativo do telefone móvel ligado a uma organização criminosa.
Os celulares encontrados passarão por perícia para extrair outras provas, inclusive aquelas que foram deletadas. O primeiro acusado foi preso na sexta-feira, quando os ataques iniciaram. Após a prisão, ele foi conduzido para o isolamento na PCE, onde já cumpria pena por crime organizado.
Eles respondem por crimes de tráfico de drogas, assalto a mão armada, homicídio, formação de quadrilha, roubo majorado e porte ilegal de arma de fogo.
Até o momento, 21 pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos quando aos ataques do final de semana no Estado. Destas, sete acabaram sendo liberadas.
Em Cuiabá, foram cinco prisões. Além dos líderes, foi preso um homem acusado de incendiar um ônibus no ponto final do bairro Pedra 90. As outras prisões ocorreram em Barra do Garças, onde duas pessoas foram presas por incendiarem duas viaturas do Sistema Socioeducativo.
Em Primavera do Leste, quatro foram detidos após o incêndio de uma viatura da Polícia Militar e de um veículo utilitário.
Já em Cáceres, uma pessoa, ligada ao Comando Vermelho, foi presa com combustível.