A Polícia Federal, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, deflagrou, neste domingo à tarde, a Operação Ato Reflexo para desarticular uma associação criminosa para cometimento de crimes ambientais e crimes contra a administração pública envolvendo um servidor da Fundação Nacional do Índio, uma liderança indígena e garimpeiros ilegais. A ação foi em uma terra indígena entre Juína e Aripuanã.
Foram cumpridos os mandados de prisão expedidos pela Vara Cível e Criminal de Juína em desfavor da liderança indígena e do servidor da FUNAI. O proprietário de máquinas a quem foi transmitida a informação de que haveria operação policial dirigida aos garimpos até o momento encontra-se foragido.
Durante ações de fiscalização foram apreendidos dois celulares. Após a análise dos aparelhos, foi constatado um servidor da FUNAI trabalhando como “agente duplo” utilizando sua função pública para repassar, previamente, informações a alguns garimpeiros sobre a realização de operações de crimes ambientais realizadas por policiais federais e o IBAMA, e cobrando para dar tal informação. Também foi confirmada a participação de uma liderança indígena que recebia 20% do ouro extraído da terra indígena.
As investigações terão continuidade para identificar os indivíduos envolvidos nas demais práticas criminosas investigadas.