Nas investigações da operação do roubo ao Banco do Brasil em Nova Maringá, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) descobriu que J.R. usava um número de celular cadastrado com o CPF do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A operação foi deflagrada, ontem, e resultou na prisão de dez membros da quadrilha, que roubou cerca de R$ 500 mil da agência bancária, no dia 23 do mês passado. O assalto foi praticado na modalidade "Novo Cangaço" e foi o primeiro registrado este ano, depois de sete meses sem registro do crime em Mato Grosso.
O telefone tem o prefixo 66, da operadora Vivo, e endereço na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O celular foi habilitado um dia após o roubo, mostrando a fragilidade do sistema da operadora. "Isso nos surpreendeu quando víamos monitorando esse criminoso, no caso J.R., puxamos o cadastrado dele na operadora e lá constou o CPF, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e confirmamos que é de fato o CPF dele e isso demonstra a ousadia do criminoso em utilizar o cadastro de uma pessoa extremamente conhecida", declarou o delegado do GCCO, Flávio Henrique Stringueta.
Todos vão responder por crimes de roubo majorado mediante concurso de pessoas e emprego de armas, quadrilha armada, lavagem de dinheiro e posse de armas de fogo.
Segundo as investigações, o grupo se preparava para praticar um novo assalto. "Eles falavam em levantar mais dinheiro com urgência, já que tinham gastado todo o dinheiro. Não sabíamos o que iam fazer, se era o mesmo estilo de roubo ou outro tipo de modalidade criminosa", disse Stringueta.
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