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Justiça determina prisão e sequestro de bens de 16 criminosos em MT

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Redação Só Notícias

As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Marcos Faleiros, da Sétima Vara Criminal da capital, em desdobramento do inquérito policial da operação Red Money, realizada em 8 de agosto, pela Polícia Civil, por meio de trabalhos investigativos da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Diretoria de Inteligência. Ao todo, foram cumpridos, ontem, 16 mandados de prisão preventiva contra membros da facção criminosa, além do sequestro de valores encontrados em 10 contas bancárias, sequestro de 19 imóveis e a interdição e suspensão das atividades de quatro empresas.

Dos mandados de prisão expedidos, 14 foram cumpridos em presídios do Estado, em razão dos alvos já serem condenados da justiça. Foram 11 mandados em Cuiabá, 2 em Tangará da Serra e 1 em Água Boa.

A investigação da operação apura grande esquema de lavagem de dinheiro e movimentação financeira por parte de uma facção criminosa, com a utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros, parentes de presos, entre outros.

A investigação, que deu origem a primeira fase da operação, foi desenvolvida ao longo de 15 meses e resultou, na ocasião, no cumprimento de 94 mandados de prisão, buscas e apreensão, bloqueio de 80 contas correntes, além do sequestro de bens (veículos, joias, imóveis) e valores, totalizando 233 ordens judiciais cumpridas naquela etapa.

O delegado Luiz Henrique de Oliveira, Coordenador de Inteligência, informou que após os interrogatórios realizados, análise dos documentos e objetos apreendidos na primeira etapa da operação, foi possível identificar vários suspeitos que determinavam e orientavam as movimentações financeiras realizadas. “Na maior parte dos casos eles se utilizavam de parentes e conviventes para a realização dos crimes”, afirmou o delegado, por meio da assessoria.

Ainda segundo o delegado, a esposa de um dos presos seria uma espécie de “secretária” da facção. Ela movimentou aproximadamente R$ 2 milhões, no período investigado. Uma outra mulher, apontada como esposa de um dos líderes do grupo, recebeu em contas bancárias cerca de R$ 1,5 milhão, no período investigado de aproximadamente 1 ano e 6 meses.

De acordo com o delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana de Souza, a responsabilização e a definição do papel de cada investigado é muito importante e deverá resultar no indiciamento de 115 pessoas na finalização do inquérito, a ser encaminhado à Justiça no dia 11 de outubro.

“A Polícia Judiciária Civil visa descapitalizar os criminosos. Só assim será possível enfraquecer a facção criminosa, e, para isso estamos empreendendo todos os esforços visando a identificação do patrimônio e contas bancárias utilizadas para movimentação do dinheiro ilícito”, declarou.

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