A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, mandou soltar um homem de 34 anos, acusado de ameaçar e desacatar uma guarnição da Polícia Militar, na última segunda-feira (7), em um restaurante localizado na avenida Júlio Campos, no centro. Consta no boletim de ocorrência, que o suspeito se recusou a ser revistado e ainda chamou um dos militares de “policinha”. No banheiro do estabelecimento comercial foi encontrado um revólver calibre 38, com numeração “raspada” e cinco munições intactas.
Na ocasião, outro suspeito que estava no local teria confessado aos policiais que estava portando a arma. Ele também acabou preso. No entanto, para a magistrada “ainda que haja prova da existência do crime e indícios suficiente de autoria dos indiciados (um acusado pelo crime de desacato e outro pelo porte ilegal de arma), tenho que a concessão da liberdade provisória, no caso dos autos, é medida cabível”.
Ambos pagaram fiança de dois salários mínimos e ainda estarão proibidos de se ausentarem da comarca de Sinop sem prévia autorização. A arma e as munições permanecem apreendidas.
Conforme Só Notícias já informou, uma ligação anônima apontou que três homens estavam no estabelecimento comercial, sendo que um deles estaria armado. Ao chegarem no local, os policiais iniciaram a abordagem, no entanto, segundo eles, um dos acusados se recusou a ser revistado e apenas levantou a camisa para mostrar que não tinha arma. Segundo o boletim de ocorrência, ele xingou os policiais e acabou preso por desobediência, resistência à prisão e desacato. Os outros dois foram liberados por “apresentarem-se colaborativos”.
Os militares, com apoio de outra guarnição, fizeram uma busca e encontraram uma arma “dispensada” no banheiro. Instantes depois, os policiais identificaram um homem que supostamente trabalharia como segurança do acusado. Ao abordá-lo, ele acabou informando que a arma encontrada no banheiro era sua. Ele também foi conduzido à delegacia.
Segundo relatado no boletim de ocorrência, após ser preso, um dos suspeitos ainda ameaçou um aspirante da Polícia Militar dizendo que teriam uma “conversa” na hora que este não estivesse fardado. Um advogado acompanhou o registro do boletim de ocorrência.
A Polícia Civil investigará o caso e deve pedir as imagens internas do circuito de segurança do restaurante para identificar qual dos suspeitos estava com a arma. O veículo que estava com um deles, um Land Rover branco, foi apreendido e encaminhado à delegacia.