Uma jovem de 18 anos foi socorrida hoje em um hospital particular com suspeita de ter provocado um aborto. Ela foi encaminhada para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas antes, de acordo com o sargento Gama, confessou que, ontem à noite, retirou o bebê. A equipe médica informou aos policiais que, pelas características apresentadas, a estimativa é de que ela estivesse na 30ª semana de gestação e que o bebê tivesse até 2,5 quilos.
“As médicas entraram em contato com a guarnição informando que havia dado entrada uma pessoa com bastante perda de sangue, dilacerações nas partes íntimas e que teria praticado um aborto. Pelas características e pela quantidade de placenta retirada, ela teria entrado em choque hipovolêmico, após ter bastante perda de sangue. A guarnição conseguiu conversar e, em um primeiro momento, ela negou ter praticado o aborto, porém, com a insistência, acabou confessando”, explicou o policial.
De acordo com as informações repassadas pela jovem, o aborto teria ocorrido ontem à noite, no residencial Flor do Caribe. O crime teria sido praticado com auxílio do namorado da jovem e dos pais dele. “Segundo ela, o feto foi retirado sem vida. Teriam colocado em um saco em frente à residência, junto com outra sacola com toalha e roupas, que usaram para limpar. Pelo que pudemos levantar, esse crime teve ajuda, tendo em vista que ela estava bastante fraca, e houve a questão da ocultação do feto, que teria sido jogado fora pelo sogro e sogra dela”.
Ainda conforme as informações repassadas aos policiais, a jovem passou mal esta manhã e procurou ajuda na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sendo levada, posteriormente, para o hospital particular. “Segundo a equipe médica, pela quantidade de placenta, acredita-se que o feto tenha cerca de dois quilos e 600 gramas. Já estava bastante desenvolvido, com cerca de 30 semanas, ou seja, chocando a comunidade, com um crime bárbaro”, comentou o sargento.
A Polícia Civil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram até o local, mas não localizaram o feto. “A gente teme que possa estar com vida. As pessoas envolvidas nesse crime não querem cooperar, mas a gente vai buscar imagens de câmeras de segurança para que talvez consiga localizar o feto e, se Deus quiser, com vida”, concluiu o policial.
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