segunda-feira, 30/setembro/2024
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Jornalista Auro Ida é assassinado; Silval quer apuração rigorosa; leia repercussão

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Mato Grosso perdeu um dos mais brilhantes jornalistas e articulistas. Auro Ida, 53 anos, foi assassinado, por volta ontem à noite, no bairro Jardim Fortaleza, em Cuiabá. Ele foi atingido por seis tiros e morreu no local. Segundo informações preliminares da polícia, ele estaria na casa de uma namorada quando um homem chegou, de bicicleta, armado com uma pistola, e fez vários disparos. A primeira hipótese seria de crime passional mas outras linhas de investigação devem ser analisadas.

O governador Silval Barbosa divulgou nota esta manhã: “Fiquei extremamente consternado com a notícia da morte do jornalista Auro Ida ocorrida no início da madrugada desta sexta-feira. Determinei à cúpula da Segurança Pública uma investigação rigorosa para apurar os fatos”, declarou.

O velório de Auro será na Capela Jardins, sala das Orquídeas, a partir das 13 horas.

Auro Ida trabalhou por muitos anos em A Gazeta, atuou ainda como secretário de Comunicação da prefeitura de Cuiabá, na gestão do prefeito Roberto França, e também comandou a secretaria de Comunicação do legislativo cuiabano. Ele também foi um dos fundadores do site Midia News e atualmente era articulista do Olhar Direto e prestava consultoria política. Com estilo combativo, Auro militou há cerca de 30 anos no jornalismo mato-grossense, investigou e denunciou maracutaias, casos de corrupção na política e foi muito respeitado por sua ética profissional.

Repercussão:
O secretário adjunto de Comunicação do Governo de Mato Grosso, jornalista Onofre Ribeiro, lembrou que conheceu Auro na década de 90. “Ele era extremamente bem informado sobre o que acontecia nos bastidores da política. Era especializado neste setor. Foi um jornalista investigativo, teve muita consciência do seu papel profissional e não deixou se encantar pelo poder. Era uma pessoa muito humilde. É um exemplo para a atual geração de jornalistas”, disse, ao Só Notícias.

A jornalista Margareth Botelho, diretora de A Gazeta, disse, ao Só Notícias, “era um dos jornalistas mais bem informados do Estado, de uma inteligência preciosa. Era pessoa muito querida por todos. Conheci ele há 30 anos e tinha bom trânsito em todas as siglas partidárias, desempenhando muito bem seu papel profissional”. 

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso, Teo Meneses, lamentou profundamente a morte de Auro. “É uma notícia que nos choca. O Auro foi um cara muito ativo no jornalismo. É um vácuo que se abre porque ele tinha uma atuação contundente, que vai fazer falta. Estamos a procura de explicações para isto (crime). Achamos estranho a circustância de como esta tragédia ocorreu e esperamos que a polícia encontre o culpado”, disse, ao Só Notícias. “Falei com ele esta semana, no sindicato, ele também se dispôs a ajudar na construção da sede. Então, além de um amigo, um grande profissional, perdemos um grande aliado na luta sindical. Ele era muito querido”, finalizou.

No twitter, o ex-governador Rogério Salles disse que hoje é “dia triste para a população e principalmente para a imprensa de Mato Grosso. Um retrato do que está acontecendo em nosso estado”.

O deputado estadual Mauro Savi, em seu twitter, disse que “Auro, além de jornalista era um amigo, sempre nos tratou com respeito e seriedade. A imprensa e a sociedade mato-grossense perdem um grande profissional”.

O presidente do PSDB em Mato Grosso, deputado Nilson Leitão, disse que Auro teve uma “história respeitada no jornalismo do Estado. Estou chocado com sua morte. É profundamente lamentável”.

O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, Maurício Aude, disse, através da assessoria, que “há que se dar um basta na violência que é cotidiana e crescente na Capital e em todo o Estado de Mato Grosso. A OAB-MT vem sistematicamente cobrando das autoridades a implantação urgente de políticas públicas que resolvam o problema da violência. O assassinato do jornalista Auro Ida, brutal e nos moldes que o foi, nos preocupa, na medida em que pode se tratar, dependendo do que se apurará, de tentativa de impor obstáculos à liberdade de imprensa, o que é absolutamente inadmissível. A Comissão de Direito Penal e a Comissão de Segurança Pública da OAB/MT, em conjunto, irão indicar um advogado para acompanhar as investigações.”

(Atualizada às 13:12h)

 

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