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Investigadores em Rondonópolis cruzam os braços a partir de segunda

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A assembléia geral do Sindicato dos Investigadores e Agentes Prisionais de Polícia Civil de Mato Grosso (Siagespoc) – Subsede de Rondonópolis, realizada ontem, deliberou acompanhar a decisão tomada na quarta-feira (18), pelo sindicato da capital, e deflagrou uma paralisação geral por uma semana, a partir de segunda-feira (23).

O presidente do sindicato em Rondonópolis, investigador Márcio Henrique Alves disse ontem à reportagem que na segunda-feira os agentes vão se reunir com os demais colegas da cidade e do interior, que não puderam comparecer à reunião de ontem, para definir as ações que serão desenvolvidas durante os dias de paralisação.
A categoria promete se mobilizar na frente do Centro Integrado de Segurança e Cidadania – Cisc, a partir das 8h, com faixas e cartazes, quando definirá as ações.
Mas, de antemão, o líder sindicalista já adiantou que não vai radicalizar, conforme a orientação do sindicato da capital. “Nossa luta é com o Governo do Estado que vem se mostrando insensível às nossas reivindicações de melhorias salariais e de reestruturação de carreira. Não temos a menor intenção de prejudicar a população. Embora, possamos afirmar que, infelizmente, muitas investigações importantes que estão em curso serão paralisadas e sairão prejudicadas”, explicou Márcio Henrique.

O sindicalista informou ainda que os 30% dos serviços considerados essenciais serão mantidos. Márcio alertou para o fato de que a luta já dura dois anos e o governo não apresenta uma proposta satisfatória à categoria, que segundo afirma, vem fazendo a sua parte atendendo as exigências do governo, qualificando os seus integrantes, com cursos superiores, conforme exigência da legislação vigente.
Márcio Henrique garantiu ainda que independente de um avanço ou não nas negociações, os agentes retornam ao trabalho no dia 30/06. Porém, se não houver nenhum acordo, ou nenhum avanço a categoria vai estar se reunindo novamente para deliberar uma paralisação ainda mais longa, já que aprovou um indicativo permanente de greve em março passado e diz que vai repetir ações pontuais de paralisação periodicamente, até que a situação seja resolvida pelo governo.

Vale lembrar que apenas este ano a categoria já cruzou os braços em duas oportunidades. A primeira por 48 horas aconteceu no início de abril (7 e 8), logo após a aprovação do indicativo. A segunda paralisação de 72 horas aconteceu 15 dias depois, em 23, 24 e 25/04, e agora, voltam a parar por uma semana.
A orientação é de que no futuro, caso não haja negociação, a paralisação poderá ser por tempo indeterminado. Segundo o sindicalista, o sindicato já protocolou o comunicado de greve na direção da Polícia Judiciária Civil, em Cuiabá.

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