As investigações sobre o suposto envolvimento de policiais militares do município de Juara (300 km de Sinop), em um grupo de extermínio, devem prosseguir nos próximos três meses. A confirmação foi feita pelo delegado do município, Joaz Gonçalves. Segundo ele o pedido para prorrogação do prazo já foi feito. O motivo apontado por ele é a grande demanda operacional da delegacia, que também atende os municípios de Porto dos Gaúchos, Tabaporã e Novo Horizonte.
O caso começou a ser investigado no mês de outubro quando surgiram as primeiras denúncias de que os policias estariam envolvidos com uma das vítimas assassinadas no município. Outras cinco mortes são investigadas, que, segundo o delegado, apresentam as mesmas características de execução.
As investigações prosseguem em segredo de justiça. Testemunhas ainda estão sendo ouvidas. Os dois policias acusados já tiveram quebra de sigilo telefônico e bancário. Chegaram a ser transferidos para Sinop e afastados dos serviços de rua.
Na época, testemunhas informaram que uma das vítimas, o ex-presidiário Ricardo Campos, teria saído para se encontrar com um dos acusados, antes de desaparecer. Outro corpo foi encontrado com as mesmas características de execução, a cabeça decapitada e os órgãos genitais esmagados, dias antes, no município. Duas ossadas também foram encontradas próximas ao local onde o corpo estava, possível local de desova, e outras duas vítimas tinha sido executadas nas proximidades.