A Polícia Civil de Sinop tem o prazo de 10 dias para concluir o inquérito da tentativa de homicídio contra o juiz César Bassan, da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, baleado na última terça-feira em Sinop. Ontem, o diretor do interior da Polícia Civil, Pedro Marcos Mangan, esteve em Sinop para acompanhar o caso.
As investigações estão sendo coordenadas pela delegada regional Maria de Fátima Moggi. Segundo ela, os envolvidos já foram ouvidos. Futuramente, após a recuperação, Bassan, que levou um tiro na coluna e corre o risco de ficar paraplégico, também deve ser ouvido.
A ação rápida da polícia identificou os envolvidos no crime: o gerente de um restaurante em Sinop, Sérgio Muller, que confessou ter atirado no juiz, Fábio Tavares Rubin de Toledo, e Cleiton Lopes dos Santos. Sérgio está preso na penitenciária de Sinop. Fábio e Cleiton, que foram presos pela PRF enquanto tentavam fugir para Cuiabá, devem ser recambiados para Sinop. Os dois estão no presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá. Segundo a delegada, a transferência era para ocorrer ontem, mas devido a rebelião na penitenciária, foi adiada.
Os três foram presos no mesmo dia do crime. César Bassan foi baleado na praça Plínio Callegaro, após uma colisão da caminhonete que conduzia com a S-10 em que os acusados estavam. O grupo estava embriagado e Sergio dirigia a S-10. Eles pararam um posto ao lado da praça para comprar cerveja.
Depois, saíram e pararam na esquina da lanchonete onde estava Bassan. Quando ele saiu com a caminhonete, os três foram para a faixa de pedestre. O juiz parou. O mesmo ocorreu na segunda volta que o juiz deu na praça. Na terceira volta que Bassan fez, os acusados decidiram segui-lo, e acabaram enroscando as duas caminhonetes, subindo na calçada e batendo contra a parede de uma panificadora.
Neste momento Sérgio disparou 5 tiros contra a caminhonete e um deles acertou a coluna de Bassan.