O delegado de Juara, Joaz Gonçalves pode concluir ainda este mês o inquérito que investiga a existência de um grupo de extermínio formado por policiais do município. Novos nomes podem surgir além dos 3 policiais militares já acusados. Dois destes policiais foram transferidos para Sinop.
A possível existência do grupo de extermínio de Juara começou a ser levantada em agosto do ano passado, quando foi encontrado um corpo decapitado e sem os órgãos genitais, em um matagal. A polícia acredita que pode se tratar de Alexandre Gomes da Silva, que desapareceu na mesma época. Dois meses depois, o corpo do ex-presidiário Ricardo Campo, foi encontrado também decapitado.
Mais duas ossadas foram localizadas nos meses seguintes, sendo que todas foram decapitadas e tiveram os órgãos genitais arrancados. Outros dois assassinatos na cidade, podem ser atribuídos ao grupo. As suspeitas começaram a recair sobre os policiais quando a Polícia Civil descobriu que eles estavam ameaçando Ricardo Campos. Testemunhas contaram à polícia que no dia que foi assassinado, Ricardo teria contado que ia se encontrar com um policial.
A polícia descobriu também vários contatos telefônicos entre a vítima e o suposto executor. Os suspeitos já prestaram depoimento ao delegado Joaz Gonçalves e negaram todas as acusações. De acordo com o delegado, os policiais transferidos para Sinop estavam ameaçando as testemunhas. “Desde que eles saíram da cidade, as investigações avançaram e, coincidentemente, também não houve mais mortes na cidade”, informou Joaz ao jornal A Gazeta.