O inquérito que apura as circunstâncias das mortes do agente prisional Wesley da Silva Santos e do reeducando Uenes Brito Santos será retomado pela Polícia Civil. O procedimento, parado desde outubro, prevê oitivas com pelo menos mais 30 pessoas, além de outras diligências. O principal ponto a ser esclarecido é sobre a causa da morte do agente, se foi um golpe de "chuço" (arma artesanal feita pelos presos) ou disparo de arma de fogo.
Por conta da greve dos investigadores, nos meses de junho, julho e agosto do ano passado, a delegada responsável pelo caso, Anaíde de Barros, não havia concluído as investigações. Pedido de prorrogação do prazo havia sido feito, em outubro do ano passado, mas apenas este mês o processo voltou para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Wesley e Uenes morreram durante tentativa de motim na Penitenciária Central do Estado (PCE), em junho do ano passado. No início da rebelião, o agente foi feito refém por mais de 30 reeducandos. Para conter o tumulto, policiais militares efetuaram disparos de arma de fogo. Wesley morreu no local e Uenes horas depois, no Pronto-Socorro de Cuiabá.