A investigação da Polícia Civil para apurar a atuação de seis influenciadores digitais na promoção de jogos online ilegais apontou que eles chegaram a faturar, no primeiro semestre deste ano, o total de R$ 12,8 milhões. Cinco influenciadores tiveram as prisões cumpridas em Cuiabá e Várzea Grande e nas cidades paulistas de Pindamonhangaba e Taubaté. Um viajou para Paris ontem e é foragido. As mães de três deles também foram presas nas mesmas cidades.
A decisão judicial também determinou a suspensão da atividade econômica e da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de nove empresas ligadas aos investigados e também a pessoas naturais da China. Além disso, foi deferido o bloqueio de sete redes sociais dos influenciadores nas plataformas do Instagram e Facebook. Eles também deverão cumprir medidas cautelares, como a proibição de deixar o país, apreensão dos passaportes e a proibição de realizar qualquer divulgação relacionada a jogos de azar ilegais.
Na investigação, a Polícia Civil informou que foram encontrados indícios de que os investigados lançavam plataformas novas quase diariamente, porque os seus seguidores logo percebiam que não conseguiam ganhar dinheiro com as apostas nos sites divulgados. E ainda, quando os apostadores ganhavam valores maiores, não recebiam o prêmio, o que forçava os influenciadores a promoverem novos jogos para induzir os inscritos a erro.
Além disso, a polícia apontou indícios de que os investigados publicavam vídeos e imagens jogando versões demonstrativas fornecidas a eles pelos responsáveis pelas plataformas. Essas versões são programadas para que eles sempre ganhem as apostas, induzindo os seguidores ao erro com a simulação de ganhos de altos valores com apostas falsas.
As investigações identificaram, ainda, segundo a polícia, que as rifas promovidas pelos suspeitos, além de ilegais, também são fraudadas de diversas formas. Uma das maneiras mais comuns é o influenciador vender uma quantidade de números que cubra o valor investido no veículo ou bem de luxo sorteado. Daí, ele ficava com a maioria dos números para que, se fosse sorteado, apresentasse um comparsa como o vencedor e ficava com o prêmio.
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