Cerca de 50 indígenas da etnia Erikbatsa, de Juína, invadiram a cadeia de Juara (300 km de Sinop), ontem à noite, na tentativa de resgatar o preso Gildo do Carmo kutap Kayabi, 18 anos – integrante da tribo- acusado de matar um membro da aldeia, Valdiney Jurue-yi Mani, 25 anos, durante o carnaval. Eles estavam pintados e armados com flechas, cacetetes e até foices, prontos para a guerra.
Segundo o delegado Joaz Gonçalvez, o grupo alegou que quer fazer a justiça “dos índios” e a situação só foi amenizada após o grupo comprovar que o acusado já tinha sido transferido para outro município. “Tizemos uma negociação intensa para não haver confronto. Pedimos para que formassem uma comissão de quatro índios para verificar que o acusado não estava lá, e assim pacificar a situação”, detalhou.
Policiais militares também foram até o local para um possível conflito, mas ninguém ficou ferido. “Mesmo assim eles fizeram a promessa de voltar em 30 dias e dizem que só vão sair com o acusado”, concluiu Joaz.
O integrante da tribo foi morto em uma residência na rua Vitória, no centro, a pauladas. O acusado teria confessado que cometeu o crime.