Um indígena acusado de estupro de vulnerável foi preso pela Polícia Civil, esta manhã, no município de General Carneiro (456 quilômetros de Cuiabá). O índio da etnia Bororo foi preso em cumprimento de mandado de prisão, decretado pelo estupro da sobrinha, uma criança indígena de 11 anos.
O suspeito era diretor de uma escola em uma aldeia, município, e vinha ameaçando a vítima e os familiares, alegando que iria contratar um antropólogo para elaborar um laudo e concluir erroneamente que o crime de estupro é tolerável pela cultura indígena. Porém, na cultura da etnia não há costumes de violência sexual e ainda, preceitua que relações que relações sexuais devem ser mantidas após a primeira menstruação da mulher, o que não é o caso da menor.
O suspeito estava afastado das funções na escola, por decisão da comissão disciplinar em processo administrativo da Secretaria de Estado de Educação. Segundo informações, diversas crianças indígenas abandonaram a escola por medo do diretor.
Na época dos fatos, a vítima contou que foi convidada pelo tio para ir até casa dele, na aldeia, e lá ele teria lhe dado um pouco de bebida e, por conta disso, passou mal e dormiu, porém, quando acordou percebeu que era abusada. Ela disse que chegou a gritar, mas o tio tapou sua boca.