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Identificado seqüestrador morto após manter 4 reféns em agência bancária

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A ação de assalto e seqüestro de reféns no interior de uma agência bancária em Campo Verde (130 km de Cuiabá) havia sido minuciosamente premeditada. O fato pôde ser comprovado em razão da especificidade dos materiais encontrados em poder do criminoso. O assaltante Simplício Pereira de Souza, 29, desempregado, mantinha no interior de sua mochila pacotes de bolacha, um aparelho de rádio, uma faca de mesa, um boné, fitas adesivas, uma lanterna, além de pedaços de fitas de nylon.

Tinha ainda rascunhos de desenhos sobre a localização do banco. Ele mantinha ainda em seu poder dois revólveres calibre 38, com 14 munições e quatro aparelhos de telefone celular, além de artefatos explosivos e um martelo. Ele seqüestrou na manhã de ontem, quatro pessoas e as manteve presas na agência.

Simplício manteve reféns por 13 horas. Por três vezes ele ameaçou matar os funcionários e se matar em seguida. Durante a tentativa de fuga, Simplício atirou duas vezes contra o capitão Januário Batista, que integra a Companhia de Operações Especiais (COE), sendo atingido fatalmente. Para deixar a agência ele utilizou o colete à prova de balas de uma das vigilantes que manteve como refém.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Antônio Benedito Campos Filho, avaliou como sendo necessária a intervenção dos policiais para evitar que os reféns ficassem ainda mais expostos à ação do bandido. “Foi uma ação legítima. Tentamos, por 13 horas, resguardar a vítima de todos os envolvidos, mas essa era uma situação em que o criminoso se intitulava como homem bomba”.

Ele completa ainda que “em casos de gerenciamento de crise procura-se sempre a preservação da vida de todo os envolvidos, mas essa pessoa já tinha uma personalidade suicida. Quando ele saiu pela porta da frente se utilizou o princípio da oportunidade tendo em vista que ele estava se preparando para a fuga”.

O capitão Januário tentou segurar o criminoso pelas costas. A ação de extrema coragem resultou na liberação imediata dos reféns que ele mantinha sob a mira de duas armas. Em segundos, o oficial foi ferido duas vezes. Um dos projéteis permanece alojado no organismo do militar que se encontra em tratamento domiciliar. Os quatro reféns foram liberados sem ferimentos.

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