O autor do homicídio do decorador Edinalmo Alves de Oliveira, morto no dia 17 de outubro de 2020 em Cuiabá, foi condenado em Tribunal do Júri da 1a Vara Criminal a 16 anos e seis meses de reclusão. O julgamento do réu foi realizado, ontem, pelos crimes de homicídio, furto e ocultação de cadáver.
Segundo a Polícia Civil, Fábio Machado de Oliveira foi condenado, em 2020, a 21 anos de prisão pelo crime de roubo seguido de morte, contudo, a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça e o crime passou a ser tratado como homicídio. Ednalmo tinha 53 anos e morava no bairro Coophamil, em Cuiabá. O corpo dele foi encontrado em uma área de mata, no bairro Nova Várzea Grande, mais de um mês após seu desaparecimento.
O decorador deixou de fazer contato com familiares no dia 17 de outubro daquele ano. Um familiar da vítima procurou a Polícia Civil no dia 22 de outubro relatando que Ednalmo tinha sido visto com um amigo. Um irmão da vítima contou que ela morava sozinha e não costumava passar muitos dias sem dar notícias, o que causou estranheza na família, além do fato do celular estar desligado e seu veículo, um Ford Ka sedan dourado, ter também sumido.
Desde o início da investigação, a Polícia Civil trabalhou com a hipótese de a vítima estar morta. Conforme apurou a equipe policial, no dia do crime, uma quinta-feira, o réu teria descoberto que a vítima se relacionava com outras pessoas o que teria, em tese, motivado uma discussão entre ambos.
De acordo com o delegado Caio Fernando, o réu confessou que esganou a vítima até o decorador desfalecer. Quando Edinalmo recobrou a consciência, o réu tornou a esganá-lo até matá-lo, pois, segundo alegou, estava com muita raiva. Após matar a vítima e ocultar o cadáver, o réu ficou com o Ford KA Sedan e sacou todo o dinheiro que havia na conta bancária de Edinalmo. Nos dias seguintes, tentou sem sucesso vender o veículo.
Uma testemunha ouvida pela Polícia Civil declarou que réu foi até a sua loja com o carro furtado, inclusive, com um recibo que estava em branco, alegando que o veículo pertencia a um tio. Ao consultar os dados do veículo e do proprietário, a testemunha conseguiu contato com uma sobrinha da vítima, que confirmou a propriedade do veículo e informou que a vítima estava desaparecida.
Fábio foi preso pela Polícia Civil dias após o início da investigação e apontou a localização do corpo de Edinalmo, mesmo não confessando a morte da vítima.
As informações são da assessoria da Polícia Civil.