O homem preso acusado de envolvimento na morte do aposentado Joaquim Palhão, 69 anos, também é o principal suspeito executar com pelo menos três disparos de pistola calibre 380 o funileiro, Rafael Soares Santos, 29 anos, quando estava fechando a porta de seu Fiat Prêmio, no pátio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em agosto de 2015. Na época, ele era menor, tinha 15 anos. A informação foi confirmada pelo delgado da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Ugo Ângelo Reck de Mendonça, em entrevista coletiva.
“Esse preso, na época, era adolescente e praticou o homicídio na UPA, que matou a vítima por engano o Rafael. Ele achava que era um agente prisional. Isso mostra a audácia dele. Depois, também foi apreendido por um roubo quando era menor”, disse Mendonça.
Em outubro de 2015, ele se apresentou na delegacia da Polícia Civil e confessou ter atirado na vítima. Segundo sua versão, o alvo não seria o funileiro e, sim, um agente prisional. O adolescente não apontou, entretanto, se receberia algo em troca pela morte do agente e disse ter matado Rafael por engano. O menor foi apreendido e encaminhado para o centro de ressocialização, onde permanece por tempo indeterminado.
O assassinato, segundo ele, teria sido encomendado por um reeducando, que seria integrante de uma facção criminosa dentro do presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira. O contato foi feito por uma mulher, que seria a esposa do detento. O motivo seria uma suposta rixa entre o detento e este agente prisional.
Conforme a denúncia do Ministério Público, além do menor, outros dois homens também são acusados de envolvimento no crime. Ambos ainda não foram julgados e estão presos. Um dos acusados alegou que emprestou a arma para o adolescente e que pilotou a moto.