Um homem acusado de abusar de sete meninas com idades entre 8 e 15 anos foi preso pela Polícia Civil, hoje, em Colniza (região Noroeste). Z.C.F., 33 anos, foi preso em cumprimento de mandado de prisão temporária (30 dias), na Vila Maguila, distrito rural do município.
As investigações iniciaram com denúncia via disque 100, encaminhada ao Conselho Tutelar de Colniza, que acionou a Delegacia da Polícia Civil. Diante da gravidade das denúncias, o delegado Deuel Paixão representou pela prisão temporária do suspeito. Na apuração, polícia apreendeu o celular do suspeito e em análise os policiais encontraram imagens e vídeos pornográficos, além de foto das partes íntimas de uma possível vítima, que até o momento não foi identificada.
A polícia também ouviu o registro do áudio de uma adolescente, 15 anos, moradora do vilarejo, gravado durante leitura de uma carta de declaração de amor, a qual não está identificado para quem seria. No final da gravação a menina se identifica. No aparelho, ainda foi encontrado a foto da mesma adolescente seguida por um texto apaixonado.
De acordo com o delegado, as investigações prosseguem e três adolescentes já foram ouvidas, apresentando versões muito semelhantes aos fatos. Conforme Deuel, as meninas relatam que preso era conhecido delas e de suas respectivas famílias, por isso aproveitava-se dessa proximidade e oferecia para acompanhá-las quando precisavam se deslocar por pontos mais afastados da vila. "Os pais consentiam visando à segurança de suas filhas", disse o delegado.
Segundo as adolescentes, em trechos desertos ou escuros, o acusado as agarrava, beijava-as força e acariciava seu corpo, principalmente nas partes íntimas. "Elas afirmam que as caricias ocorriam sobre a roupa. Uma das vítimas declarou que soube de uma adolescente que teve relação sexual com o suspeito", disse o delegado.
O preso nega as acusações. Alega que as gravações foram feitas pelas próprias vítimas, que pegavam emprestado seu aparelho celular. O telefone será encaminhado a perícia para degravação dos trechos e imagens.
O delegado acredita que haja outras vítimas. "Acredito que possa haver outras. Essas vítimas foram uma corrente. A gente ouvia uma e ela mencionava outra. O negócio dele era abusar mesmo, não tinha um foco específico em uma vítima. Todos que ele teve oportunidade ele abusou", afirmou o delegado.