Foi registrada no bairro Três Barras a primeira morte deste mês. Celso Ferreira, 38 anos, foi localizado, já sem vida, no quintal de sua residência, na rua 33. Conforme informações de familiares, dois homens teriam chegado em uma motocicleta, por volta da 1h, estacionado em frente ao portão, entrado no quintal e desferido pauladas na vítima. Contudo, essa informação de uma adolescente de 15 anos, filha de Celso, não foi repassada ao delegado que atendeu o caso, Walfrido Franklin do Nascimento, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e ao chegar ao local o médico socorrista constatou que Celso já estava morto. O Centro Integrado de Ocorrências e Segurança Pública (Ciosp) só recebeu o chamado apontando para a localização de um cadáver, por volta das 7h10. A Companhia de Polícia Militar do Três Barras atendeu a ocorrência e ficou no local aguardando a chegada de uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A vítima morava na residência com 3 filhas e a esposa. Uma das filhas dele conversou com a equipe do Cadeia Neles, da TV Record e disse que o pai dela chegou em casa, por volta de 1h, e estava estranho. Ele foi para os fundos da residência e fechou a porta. Depois, segundo a adolescente de 15 anos, os homens teriam chegado de moto e adentraram no quintal, onde teriam agredido a vítima. Vale ressaltar que um tio da menina a impediu de gravar o depoimento para a TV.
De acordo com a Polícia Militar, o corpo apresentava afundamento na região das costelas. Por sua vez, o delegado Walfrido Nascimento disse que não encontrou na cena do crime as principais características comuns em crimes de homicídio. "Não tinha marcas de briga, nem marcas de tiros, nem de arma branca, o rosto estava sem ferimentos", disse o delegado. Ele disse que não descarta a possibilidade de crime, mas somente os resultados da perícia e necropsia é que vão apontar isso lá na frente.
Conforme o delegado, a morte também pode ter sido em decorrência de algum surto por uso de drogas. Sobre as marcas no abdome da vítima, o delegado disse que não é possível concluir que foram causadas por espancamento. "São pequenas marcas e arranhões que podem ter sido de uma queda, ou de ele ter se debatido", disse o delegado.
Uma equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no local e após fazer a perícia, levou o corpo para ser submetido aos exames de necropsia que vão apontar a causa da morte.