A secretaria de Segurança Pública informou, esta tarde, que perdeu nos últimos meses, por falta de pagamento, 45% da frota de veículos das polícias Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros, que são todos locados. O montante atrasado do pagamento das locadoras é de R$ 13,5 milhões. A maioria das empresas está há 90 dias sem receber. O secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, articula junto às empresas locadoras uma forma de manter os serviços à população, “solicitando a confiança no governo que ora assume, para que seja dado o decurso de prazo necessário para os eventuais pagamentos sem prejuízo no uso das viaturas. É importante para segurança do Estado que as empresas confiem no trabalho do novo governo para que a segurança pública não seja prejudicada”, disse.
A preocupação do governo é em oferecer as condições de trabalho para que os policiais possam manter em pleno funcionamento os serviços de segurança para o cidadão. Apesar da drástica redução no número de viaturas, o Estado ainda conta com uma frota para atender as ocorrências policiais.
Atualmente, há oito contratos vencidos e não renovados em andamento na Secretaria. A não renovação foi motivada por falta de pagamento. Além do passivo superior a R$ 13 milhões, ainda existe a dívida pelo uso dos veículos, após o término dos contratos. Já os novos contratos, para vigência em 2019, o valor é de R$ 51 milhões. Contudo, eles estão em fase de análise por parte do secretário Bustamante.
O governo também aponta que a gestão passada também deixou dívida com os fornecedores de combustíveis que seria de R$ 6 milhões.
Desde que a atual gestão assumiu o governo, já foram encaminhados para a Assembleia Legislativa quatro projetos de leis que visam aumentar a arrecadação do Estado, reduzir a máquina pública, os gastos e reequilibrar o caixa do governo.
O governo aguarda a aprovação da Assembleia, principalmente, do Novo Fethab (Fundo de Transporte e Habitação), para que seja possível aumentar a arrecadação já no mês de fevereiro. Em levantamento realizado pela equipe econômica do Estado, os restos a pagar do Governo estão na ordem de R$ 3,8 bilhões, informa o Gabinete de Comunicação.