As confissões de Altair Faustino Ramalho, no duplo homicídio de João Zimmermann e Mônica Isolina, em uma chácara em Sorriso, levaram à Polícia Civil a identificar um esquema que no município pode ter sido responsável por outros assassinatos – o ‘golpe do seguro’. Além da própria esposa de João, que estava marcada para morrer – crime encomendado pelo próprio marido – para recebimento de uma apólice, outras teriam sido executadas, afirma o delegado municipal, Bráulio Junqueira. Fora Altair, a Justiça da Comarca de Sorriso havia expedido mandados de prisão para cinco pessoas que serão investigadas nos inquéritos. Eliomar Deitos (Alemão), Gilson Ferreira dos Santos e Agnaldo Nunes da Silva estão presos. Já Adomires Soares Sampaio (Mandioca), ex-diretor da cadeia e um homem conhecido apenas por ‘Madeira’ são procurados.
“Na delegacia de Sorriso tramitam três inquéritos. O primeiro deles é o homicídio de Isadora (nome fictício), uma mulher que era proprietária de um cabaré e amante do João Zimmermann. Ela, segundo informações, foi morta a mando do João por um homem conhecido como Madeira porque sabia demais e estaria chantageando o João e o Alemão para receber uma parte do seguro pela morte de Ademir Hoffman, em julho de 2007”, declarou Bráulio, ao Só Notícias.
Na época a morte de Hoffman foi tratada como afogamento, no entanto, o Ministério Público pediu a retomada das investigações, após surgirem evidências de que poderia tratar-se de um golpe de seguro. A participação do ex-diretor da cadeia de Sorriso é apurada nesta caso. Para a polícia, o envolvimento concreto de cada pessoa deve ser esclarecido a partir da prisão dos últimos procurados.
Quanto à Agnaldo, Bráulio acrescenta que é investigado na morte de Valdecir Batista, na MT-242, inicialmente tratado como um acidente de trânsito.
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