O gerente e dois funcionários de uma fazenda, de propriedade de João Arcanjo Ribeiro, localizada às margens da BR-163, em Várzea Grande, prestaram depoimento, hoje, ao delegado João Bosco Ribeiro Barros. Eles foram ouvidos sobre a morte do pedreiro João Gonçalo de Campos, 53 anos, que morreu afogado em uma lagoa dentro da propriedade.
Ao Só Notícias, o delegado disse que os três apresentaram a mesma versão para o caso. "Eles afirmam que na fazenda não tem segurança à noite e que encontraram o corpo no dia seguinte na parte da manhã".
Bosco confirmou que mais sete funcionários da fazenda e algumas testemunhas devem prestar depoimento na próxima semana. "Vamos ouvir algumas pessoas que afirmaram que na propriedade tem segurança durante o período da noite", explicou.
Conforme Só Notícias informou, o corpo do pedreiro foi encontrado no dia 16 deste mês. Exame preliminar do Instituto de Medicina Legal (IML) aponta que havia areia no pulmão dele. Para o delegado, isso leva a crer que a vítima foi intencionalmente afogada. O laudo final deve ficar pronto nos próximos dias.
O pedreiro teria entrado na propriedade pela parte dos fundos, junto com o irmão e um amigo. Os dois teriam corrido e a vítima ficado para trás. É investigada a versão que eles tentaram furtar peixes e foram surpreendidos com tiros em sinal de alerta.
A fazenda é de propriedade de João Arcanjo Ribeiro, acusado de comandar um esquema de jogo do bicho e envolvimento com crimes de pistolagem em Mato Grosso. O local já foi palco da chacina de quatro pessoas, em 2004, que entraram na propriedade para pescar.