A Polícia Civil informou, hoje, que investigados na Operação Apito Final, nesta semana, não possuem registros de vínculos empregatícios ativos, movimentaram milhões de Reais com a compra de veículos de luxo, de uma casa no Lago do Manso e apartamentos em Cuiabá. O delegado Rafael Scatolon, que liderou as investigações, explicou que os investigados utilizavam transações de compra e venda de bens como “modus operandi”, com objetivo de dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores oriundos do tráfico de drogas.
“A lavagem de dinheiro desse grupo consistia na aquisição de bens móveis e imóveis em nomes de laranjas que não possuem lastro financeiro para as aquisições. Posteriormente, esses bens eram revendidos, convertendo dinheiro ilícito em ativos lícitos, ou seja, eles usavam o dinheiro do tráfico para comprar os bens, revendiam e, assim, davam uma origem lícita a esses valores que vieram do tráfico”, explicou o delegado, através da assessoria.
As investigações apontaram que o esquema envolvia uma grande rede de associados ao principal alvo da operação e, conforme a apuração, os 7 veículos relacionados a ele ultrapassariam R$ 2 milhões. Os investigadores apontaram que os veículos foram registrados em nome de terceiros, “laranjas”, que sequer tinham patrimônio para justificar a compra dos bens, acrescenta a Polícia Civil.
Ainda de acordo com a investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os criminosos utilizavam falsas ‘garagens’ para maquiar o esquema envolvendo a transação de automóveis e, no período de um ano, apenas em compra e venda de 43 veículos, o grupo criminoso teria movimentado cerca de R$ 8 milhões, informa a assessoria da Polícia Civil.
Deflagrada na terça-feira (02), a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Civil, com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.