O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) prendeu ontem, em Nova Brasilândia, Leonardo Rodrigues Jaune. De acordo com o coordenador da operação, Tenente Coronel Zaqueu Barbosa, a prisão foi efetuada na sede da fazenda de propriedade da família do réu. Leonardo é procurado pela Justiça pela acusação de ter assassinado, em junho de 2004, o advogado Anderson Eustáquio da Costa. No momento da prisão foi encontrada uma pistola 9 milímetros na cama onde Leonardo dormia.
Segundo o procurador-geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, o Ministério Público estava inconformado com o desaparecimento do acusado e da sensação por parte da sociedade de que pessoas abastadas dificilmente iam parar atrás das grades. Diante dessa situação foi determinado ao Gaeco que desse suporte aos promotores que atuam no caso e através de uma operação de inteligência fosse feita a prisão. ‘Tudo isso é fruto de investimento, modernização, treinamento e confiança no grupo liderado pelo procuradora de Justiça, Eliana Cícero de Sá Maranhão Ayres’. Afirmou Prado.
Conheça o caso
Leonardo Rodrigues Jaune é acusado de assassinar o amigo e advogado Anderson Eustáquio da Costa, 28 anos. O crime teria acontecido porque Anderson estivera com uma irmã de Leonardo, até horas antes dela cair ou se jogar do prédio em que morava. Treze dias depois, Anderson foi assassinado. O crime ocorreu no dia 26 de junho de 2004 na cidade de Cuiabá.
Depois de se divertirem um uma boate, Anderson deu uma carona para a irmã do acusado, de 18 anos, e uma amiga dela. Ele deixou as duas na frente do prédio onde moravam e foi embora. De manhã, recebeu a notícia de que a jovem estava morta.
A perícia não foi capaz de concluir se ela teria caído ou se jogado da janela do seu apartamento, no quinto andar do prédio.
Leonardo tinha acabado de chegar de viagem e estranhou a ausência do amigo Anderson no enterro da irmã. No dia seguinte ao enterro, ele marcou um encontro com Anderson e os dois saíram de carro. Mas o jovem advogado nunca mais apareceu. Sete dias depois, seu corpo foi encontrado em uma lagoa nos arredores de Cuiabá.
Em depoimento, Leonardo confirmou que estivera com o advogado na noite do crime, mas alegou vários álibis que seriam derrubados durante a investigação. A quebra do sigilo de seu celular, por exemplo, acusou que – ao contrário do que afirmava – ele estivera na noite do crime nas proximidades do local onde o corpo de Anderson foi encontrado. Ele ficou dois meses preso, mas saiu para aguardar o julgamento em liberdade e fugiu.
Em agosto de 2005, Leonardo foi preso em Goiás, acusado de roubar uma pessoa na saída de um banco. Mas fugiu mais uma vez, desde então é procurado pela Justiça.