A unidade de Barra do Garças do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-MT) deflagrou nesta quinta-feira a “Operação Cerco Fechado” para o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão domiciliar e de prisão contra integrantes de uma organização criminosa em Recife (PE) e as investigações constataram que era responsável por vários casos de extorsão, com ordens que partiam de dentro de presídio no interior de Pernambuco.
De acordo com as investigações, as extorsões teriam ocorrido em Barra do Garças ( 511 km de Cuiabá). Os investigados se autointitulavam e declaravam ser faccionados de determinada organização criminosa, ameaçando vítima e seus familiares, inclusive uma criança de cinco anos de idade, filha da vítima.
Os criminosos exigiam que a vítima efetuasse depósito de valores de R$ 10 mil reais, por meio de ameaça feitas pelas redes sociais, apresentando fotografias de familiares da vítima e a localização da residência. Com o intuito de intimidar a vítima ainda mais, os criminosos usavam nomes de faccionados conhecidos e temidos na região com ameaças em tom de represália.
Na medida que as negociações avançavam, o valor exigido diminuía, chegando a R$ 5 mil. Ao fim, o grupo criminoso conseguiu extorquir R$ 4 mil, pagos pela vítima. As investigações miraram um núcleo que operava de dentro do presídio de Igarassu (PE), distante a 25 km do Recife. Fora da unidade prisional, esse núcleo tinha o apoio da mãe de um dos investigados que recebia os valores das extorsões.
Além das medidas judiciais de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar, a Operação Cerco Fechado obteve a indisponibilidade e bloqueio de contas bancárias dos investigados, mirando desconstituir a associação criminosa. Os investigados ficarão presos em Igarassu (PE) à disposição do Poder Judiciário.
A operação conjunta contou com apoio do Gaeco-PE e da Polícia Civil do Estado de Pernambuco.
A informação é da assessoria do Ministério Público do Mato Grosso.