A Polícia Civil, em ação conjunta da Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia de Chapada dos Guimarães, cumpriu hoje o mandado de prisão contra mais um dos investigados da Operação Apito Final, que foi deflagrada em maio, para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.
O investigado é considerado um dos braços fortes do alvo principal, tanto na arrecadação de dinheiro oriundo do tráfico, como na aquisição, compra e venda de veículos, realizando a lavagem de dinheiro, detalhou a Polícia Civil. Ele foi localizado e preso em uma chácara, em Chapada.
A investigação da operação Apito Final durou quase dois anos, a GCCO apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas e familiares como testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.
A operação foi deflagrada em 2 de abril, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumprir 54 ordens judiciais, que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, além de responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis. No bairro, o principal alvo montou uma base para difundir e promover a facção criminosa agindo também com assistencialismo por meio da doação de cestas básicas e eventos esportivos.
A investigação da GCCO apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. As transações incluíram ainda criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.
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