A família do advogado José Luís de Carvalho Júnior, filho do desembargador José Luís de Carvalho Júnior, baleado sábado à noite, durante uma perseguição da Polícia Militar, garantiu que ele teve medo de parar o seu veículo, um KIA Sportage, quando transitava pelo bairro Areão. Segundo sua madrastra, Nadir Blemer, José Luís disse no hospital que achava estar sendo vítima de seqüestro. O carro, segundo ele, não tinha qualquer identifificação. O carro usado pelos policiais na ação era uma viatura reserva da Secretaria de Justiça e não tinha sirene.
A questão está sendo investigada agora pela Corregedoria da Polícia Militar. José Luís de Carvalho Júnior teve seu veículo atingido por vários tiros. Dois deles acabou atingindo-o, embora sem gravidade para oferecer riscos. Pegaram no braço e também no ombro. Os tiros teriam sido disparados em frente a residência do filho do magistrado, no bairro Boa Esperança.
Depois dos tiros, o advogado foi levado para o Pronto Socorro Municipal e em seguida transferido para um hospital particular. Ele passa bem. Os dois policiais militares foram afastado das ruas até conclusão das investigações.
Um dos policiais que atendeu a ocorrência, major Gilberto Vitorino, informou a TV Centro América, que os policiais disseram ter ocorrido resistência por parte do condutor à abordagem e o intuito era atirar nos pneus da camionete já que o advogado havia colocado em risco a vida de outras pessoas ao trafegar em alta velocidade e dirigindo contra-mão. Há marcas de balas em várias parte do carro.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelos policiais, foi ainda encontrada uma sacola pequena com seis trouxinhas de cocaína com o rapaz, que estava sozinho no carro. O material foi encaminhado para a perícia. A Polícia Civil também solicitou exames toxicologicos. O Ministério Público, a pedido da PM, deverá acompanhar o caso. Já a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que não vai se manifestar sobre o caso relacionado ao advogado e aguardará a conclusão do inquérito policial. “Vamos acompanhar porque há um interesse da sociedade por se tratar de uma abordagem policial”, frisou o presidente da ordem, Francisco Faiad.