A Federação Nacional dos Policiais Federais – Fenapef- divulgou nota, hoje, manifestando "total apoio ao agente federal Newton Ishii, conhecido como “Japonês da Federal”, que está na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Curitiba, para cumprimento de pena imposta nos autos do processo judicial relativo à Operação Sucuri, ocorrida em Foz do Iguaçu, em 2001.
"Famoso pela sua atuação nas prisões de políticos e grandes empresários nas investigações da Operação Lava Jato, Newton que se apresentou, ontem, por volta das 11 horas da manhã, aos policiais federais, logo que soube que seu recurso fora negado no Superior Tribunal de Justiça. A detenção do agente Newton Ishi surpreendeu a todos, pois o primeiro processo contra ele fora anulado integralmente para posteriormente ser refeito. Há ainda recursos pedindo anulação de todo o feito. Outros agentes federais envolvidos na Operação Sucuri já tiveram seus processos anulados e outros foram absolvidos por falta de provas", aponta a federação.
"O departamento jurídico do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná está acompanhando de perto o caso para tomar todas as medidas necessárias no sentido de que Newton Ishii seja solto já na próxima semana. A Fenapef está prestando todo apoio necessário ao agente Newton, que tem sido um ícone do combate à corrupção e ao crime organizado. “Estamos lutando para que se faça justiça ao Newton e sua família, posto que ele já vem sendo punido injustamente há muitos anos, mesmo após árdua luta para provar sua inocência”, afirma o presidente da Fenapef, Luís Boudens. Os fatos não guardam nenhuma relação com a Operação Lava Jato, que vem sendo um marco no combate à corrupção no Brasil, prestígio do qual o Newton Ishii ajudou a construir", concluiu a Fenapef.
Ao G1 Paraná, o advogado do agente, Oswaldo de Mello Junior, expliciu que Ishii foi condenado a quatro anos, dois meses e 21 dias em virtude da Operação Sucuri, que descobriu envolvimento de agentes na entrada de contrabando no país. As investigações mostraram que os agentes facilitavam a entrada de contrabando no país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu.
Oswaldo afirmou ainda que Newton já cumpriu quatro meses da pena e que isso será descontado da condenação total. “Como ele foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão em regime semiaberto, teria o direito de progredir para o regime aberto depois de cumprir um sexto da pena, cerca de oito meses. E, como em 2003 ficou preso preventivamente por pouco mais de quatro meses, restariam ainda quatro meses e alguns dias em regime semiaberto para serem cumpridos”, detalhou o advogado ao portal.