A Polícia Civil cumpre hoje um mandado de prisão preventiva, três de buscas e apreensões, de Itumbiara (GO) e em Canarana (652 quilômetros de Cuiabá). O fazendeiro alvo da investigação responde pelos crimes de receptação qualificada e integrar organização criminosa. A justiça também determinou sequestro de bens e bloqueio superior a R$ 1,7 milhão do fazendeiro, apontado como financiador e colaborador de grupo criminoso especializado em furtos de defensivos agrícolas, em mais uma fase da Operação Cerco Verde, deflagrada em investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCC0).
As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Conforme a polícia, os integrantes do grupo criminoso que atuava com furtos de defensivos agrícolas em propriedades rurais foram presos em outra fase da operação, deflagrada em agosto deste ano. Três furtos investigados pela GCCO ocorreram em 2021, em fazendas em Ribeirão Cascalheira (780 km de Cuiabá) e Ipiranga do Norte (115 km de Sinop) e outro em dezembro do ano passado, em Araguaiana.
Durante a investigação, a polícia constatou que o furto na fazenda em Ribeirão Cascalheira, de onde foram subtraídos mais de R$ 864 mil em defensivos agrícolas, os produtos foram entregues na fazenda do investigado na cidade de Itumbiara (GO). Após receber os defensivos furtados, fazendeiro realizou depósito de valores nas contas bancárias dos autores do furto.
Com avanço das investigações, foi comprovado que o fazendeiro também integrava de forma livre e consciente, estável e permanente, a organização criminosa, desempenhando papel central e contínuo na organização criminosa voltada ao furto e receptação de defensivos agrícolas.
Evidências mostram que, desde 2021, suas propriedades rurais em Canarana e Itumbiara eram utilizadas como locais de apoio logístico para o grupo criminoso, que frequentemente se hospedavam e escondiam defensivos nas propriedades. Além disso, a polícia apurou que o investigado oferecia ainda informações privilegiadas ao grupo, como alerta sobre operações policiais, bem como indicava os alvos de furtos. Em dezembro de 2023, um veículo suspeito de envolvimento em um furto, bem como os defensivos subtraídos de Fazenda vizinha, foram encontrados na fazenda do investigado em Canarana.
Além de fornecer suporte logístico, o investigado financiava as operações do grupo conforme vultuosas e constantes transferências de recursos direcionadas a todos membros do grupo, antes e depois dos crimes, sendo o destinatário contumaz dos defensivos subtraídos, adquirindo os produtos subtraídos por valores muito inferiores ao preço de mercado, gerando lucros extraordinários.
As investigações da GCCO apontam que a carga adquirida pelo fazendeiro pode ter alcançado a soma de aproximadamente R$ 12,9 milhões. Conforme análise dos dados bancários, entre os anos de 2021 a 2024, o investigado teria transferido aos integrantes do grupo criminoso, pelo menos, um total de R$ 863,4 mil, segundo informou a Polícia Civil, através da assessoria.
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