A família de Luís Henrique Dias Bulhões, 13 anos, morto pela PM (Polícia Militar) de Mato Grosso na manhã deste sábado, criticou a ação dos policiais. Para a família, a PM agiu com irresponsabilidade. “Foi total falta de responsabilidade o que eles fizeram”, disse Diana da Silva, 20 anos, prima do adolescente.
Segundo ela, o menino morava com o tio (irmão da mãe dele) em uma fazenda no município havia aproximadamente um ano e iria voltar para casa dos pais, em Sonora, Norte do Estado, nas férias escolares do mês de julho.
“Ele estava feliz porque ia voltar para casa”, disse Diana. Luís Henrique foi morar com o tio devido ao baixo desempenho na escola. “Ele tinha melhorado o comportamento, ajudava meu tio na fazenda”.
De acordo com Diana, o responsável pelo adolescente não permitiu inicialmente que ele fosse assistir a simulação de resgate de reféns feita pelo GOE (Grupo de Operações Especiais), mas foi vencido pela insistência do sobrinho.
Luís Henrique foi atingido por um tiro na cabeça disparado por policiais que simulavam um resgate no interior de um ônibus. Ele chegou a ser atendido no hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Diversas pessoas ficaram feridas. O adolescente foi sepultado na manhã deste domingo (27 de maio) em Sonora. Os sete policiais envolvidos na simulação, que usaram munições letais em vez de festim, foram afastados. O caso será investigado e é acompanhado pelo Ministério Público. (Colaborou o repórter Sidney Assis, de Coxim).
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