Um homem que se passava por professor de sociologia, com diplomas de graduação e doutorado falsificados, foi descoberto pela Polícia Militar. A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) foi acionada para investigar o crime de estelionato e pedir ressarcimento ao erário público.
O suspeito, 46 anos, teve os certificados apreendidos em sua casa, no bairro CPA 3, esta manhã, em operação conjunta das Polícias Militar e Civil, por meio da Defaz e da Escola Superior de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Esfap). A casa da mãe dele, no bairro da Manga, em Várzea Grande, também foi alvo de mandado de busca e apreensão.
O falso professor foi descoberto depois de se inscrever para ministrar aulas de sociologia na Esfap, localizada na estrada de acesso ao Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá.
O subcomandante da Esfap, major Luiz Fernando Oliveira Dias, informou que, em 2014, o professor ministrou aulas para a primeira turma do curso. Quando ele deu aulas para a segunda turma, a Escola começou a desconfiar e conferiu os diploma de graduação em sociologia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), além de cursos no Exército Brasileiro, sendo um pela Escola de Sargentos das Armas, em São Paulo, e Escola Militar Agulhas Negra, no Rio de Janeiro.
As instituições responderam que não haviam emitido certificados em nome do professor, portanto, os documentos eram falsos. “Ele argumentava muito bem. Nos diálogos com as pessoas demonstrava algum conteúdo na área. No entanto, em avaliação recente, os alunos questionaram o conhecimento dele e então fizemos alguns levantamentos e descobrimos os certificados falsos”.
O delegado Anderson Aparecido Veiga disse que a Delegacia Fazendária foi procurada pela coordenação da Escola e diante do relatório referente ao falso professor, instaurou inquérito policial de crime de estelionato. “O crime é estelionato, mas houve prejuízo ao erário público, pois ele recebeu do Estado R$ 80 mil ministrando as aulas”.
Veiga também informou que o suspeito será interrogado sobre a origem dos certificados e outras instituições serão oficializadas sobre a falsidade do professor, entre elas uma faculdade de Cuiabá, onde ele também estaria ministrando aulas.