O ex-presidente da Assembleia Legisaltiva José Riva foi preso, há pouco, na capital, na Operção Célula Mãe, uma referência da justiça as investigações em andamento que resultaram em descobertas de esquemas de desvios de recursos da Assembleia. Ele estava em uma farmácia quando foi abordado. A ordem foi da justiça estadual e cumprida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. Dois ex-servidores também foram detidos e três estão sendo procurados. A prisão é desdobramento da Operação Metástese, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, para apurar desvios de recursos na Assembleia, na gestão passada, quando Riva foi presidente, cujos valores chegariam a R$ 2 milhões, proveniente de 'esquemas' nas compras de suprimentos destinados aos deputados.
O advogado Rodrigo Mudrovisch informou, em nota, que, "por enquanto, não há o que declarar uma vez que ainda não tivemos acesso ao processo".
Riva foi levado para o Centro de Custódai da Capital (onde estão presos Silval Barbosa, os ex-secretários Marcel Cursi e Pedro Nadaf investigados por suposto recebimento de propina de empresa que obteve incentivos fiscais) mas não está nas celas onde estão os três.
O ex-deputado foi preso 3 vezes, este ano. Na Operação Metástese, a juíza Selma Arruda acatou pedidos do MP, e prendeu vários servidores e ex-servidores da Assembleia (21 pessoas) – alguns ligados ao ex-presidente.
Em julho, Riva obteve liminar no Supremo Tribunal Federal e foi solto após ter ficado 122 dias preso, na Operação Ventríloquo, que apura desvio de recursos de uma conta da Assembleia, no antigo Bamerindus (hoje HSBC) por supostos pagamentos de dívidas que seria inexistentes. Houve delação premiada de um advogado, que foi investigado e seria beneficiário, e o desvio seria de R$ 10 milhões. Ele havia saído da cadeia, foi preso um dia depois, mas logo foi colocado em liberdade.
Em maio do ano passado, José Riva e o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, foram presos na Operação Ararath (sobre empréstimos fraudulentos pagos com recursos do governo estadual cujo dinheiro era 'distribuídos' para políticos beneficiados pelo esquema e empresários).
(Atualizada às 21:32hs)