Três pessoas suspeitas de estelionato foram presas e autuadas em flagrante pela Delegacia de Repressão a Roubo e Furtos de Veículos (DRFVA). Há 15 dias um agricultor do município de Rosário Oeste (128 km ao Norte), vendeu um trator para os acusados pelo valor de R$ 35 mil. Estes pagaram em cheque pré-datado para o dia 10 de janeiro. Mas, ao tentar descontar o cheque, antecipadamente, o agricultor descobriu no banco que a folha de cheque era furtada.
A vítima, na tentativa de recuperar o prejuízo, registrou boletim de ocorrência na delegacia municipal de Rosário Oeste. Dias depois foi novamente procurada pelos estelionatários que queriam comprar mais uma máquina. Desta vez, o agricultor vendeu um trator de esteira pelo valor de R$ 40 mil e em seguida comunicou a polícia.
O pagamento foi efetuado em dois cheques pré-datado, um de R$ 30 e outro R$ 10 mil e entregues ao agricultor pelo motorista contratado para levar máquina até Várzea Grande.
Para descobrir a identidade dos compradores, a Polícia Civil monitorou todo o trajeto do transporte do trator, que foi deixado em uma oficina localizada em Várzea Grande, para ser pintado. Na oficina, policiais da DRFVA, aguardavam os compradores. A espera foi encerrada no sábado, por volta das 15h, com a prisão em flagrantes dos estelionatários, que chegaram usando uma caminhonete L200. A caminhonete foi apreendida pela polícia com suspeita de ser roubada e os tratores foram recuperados pela Polícia Civil. O primeiro trator foi localizado e apreendido no município de Juína.
De acordo com a delegada da DRFVA, Cleibe Aparecida de Paula, que preside as investigações, as máquinas seriam comercializadas pelo valor de mais R$ 70 mil cada. A delegada suspeita que os cheques usados no pagamento seriam do mesmo lote de talões e folhas avulsas de cheques roubados da empresa, ocorrido no final do mês de dezembro do ano passado. “Há suspeitas que os cheques sejam do mesmo lote. A polícia está levantando informações do lote roubado da empresa”, disse.
Na delegacia os estelionatários revelaram que os cheques foram adquiridos por R$ 40, a folha, de corretores. Os três têm passagens pela polícia por diversos crimes, entre eles estelionato, porte ilegal de arma de fogo, receptação e adulteração de sinais identificadores de veículos.