A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Mato Grosso (Fetagri) acompanhará de perto as investigações sobre a chacina ocorrida na gleba Taquaraçu do Norte, em Colniza (1.065 quilômetros de Cuiabá), na última quinta-feira, e que deixou nove mortos. A entidade cobra apuração rigorosa do caso e a punição severa dos responsáveis por esse crime bárbaro.
Segundo a perícia, todos os corpos apresentavam marcas de violência e sinais de tortura. Alguns dos corpos foram amarrados e outros decapitados, além de apresentarem marcas de enxadadas e facadas, não apenas de tiros. De acordo com a Polícia Civil, pelo menos duas vítimas foram assassinadas a golpes de facão e o restante por tiros de uma arma calibre 12.
“Esta entidade cobra a punição rigorosa dos assassinos, para que este caso não vire mais uma estatística, assim como vários outros casos ocorridos no estado, até mesmo na própria região de Colniza, que em 2014 teve um casal de lideranças de trabalhadores assassinados dois dias após denunciar ameaças para o ouvidor nacional do Incra. Reafirmamos nosso posicionamento sobre a urgente necessidade de se colocar em prática ações eficientes por parte das autoridades envolvidas diretamente na questão da reforma agrária em Mato Grosso para acabar com esse “cenário de guerra por terras” que ocorre atualmente no estado”, aponta a nota.
A entidade aponta ainda que o poder público deve assumir verdadeiramente a sua responsabilidade para acabar com os conflitos no campo, que mataram 61 pessoas em 2016 e 20 em 2017 em todo o país. “Como entidade representativa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no estado de Mato Grosso, a Fetagri preza pela justiça e igualdade de direitos e, neste caso, buscará em todos os meios legais a apuração e punição severa dos responsáveis”.