Santo Martinello é um dos dez brasileiros mais procurados pela organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Ele é condenado por estuprar e matar uma criança de 6 anos no dia 12 de junho de 2001, em Lucas do Rio Verde. A morte da menina foi considerada como uma das mais brutais histórias registradas do município.
O empresário se dizia “amigo” da família e chegou a ajudar a carregar o caixão da criança. Na época, uma vizinha da chácara onde ocorreu o crime testemunhou que Santo esteve por três vezes na casa durante à tarde. Ele chegou a ser preso no início das investigações, mas depois acabou sendo solto e está foragido há 15 anos.
Em 2014, ele foi julgado a revelia e a Justiça o condenou a 31 anos e cinco meses, sendo 22 anos e oito meses por homicídio qualificado, sete anos e seis meses por estupro e um ano e três meses por violentar a vítima após a morte.
A reportagem entrou em contato com a família da garota que disse acreditar na Justiça e que espera que ele seja preso. "Esperamos que ele ainda pague pelo que fez a nossa menina".
Um parente, que não quis se identificar, informou que se a polícia quisesse já teria o encontrado. "Ele ainda não foi preso porque tem dinheiro e somos pobres. A sensação de impunidade aumenta o sofrimento da família, isso nos causam muita dor. Por isso, que lutamos para que não tenham outras vítimas como a Alexia".
Uma tia da garota, que não quis ter o nome revelado, contou que hoje sua irmã mora em Cuiabá e tem um neto. Contudo, a maioria da família continua morando em Lucas do Rio Verde e tentam levar a vida sem pensar na tragédia que marcou sua história. "A sociedade luverdense aguarda com ansiedade pelo dia em que Santo Martinello seja capturado e pague pelo mal que causou a toda nossa família", diz uma tia da menina.