A Polícia Civil apreendeu ontem, durante a operação Mercado, em Rondonópolis, que investiga uma associação criminosa voltada à receptação de peças furtadas de caminhões, seis pistolas Taurus, sete carabinas, quatro pistolas Glock, 1,3 mil munições, espoletas, chumbo, balanças de precisão, apetrechos e outros objetos ilícitos. Entre as armas havia duas sem nenhum registro formal.
A operação teve como alvos, nesta terceira fase, os endereços de duas lojas e a residência de um comerciante do município. Na casa, localizada na Vila Aurora, as equipes apreenderam o armamento e diversas munições. O empresário, de 49 anos, era CAC, mas estava com a documentação vencida no Exército Brasileiro. O comerciante foi autuado em flagrante pelos crimes de porte e posse ilegal de arma de fogo e receptação qualificada.
Nas lojas de revenda de produtos automotivos, os policiais apreenderam dezenas de módulos de caminhões, sendo constatado, até o momento, que três dos módulos encontrados foram identificados como produtos de furtos. Um módulo no mercado legal pode chegar a valores de até R$ 15 mil a unidade, sendo que no comércio paralelo é comercializado bem abaixo da tabela.
Conforme Só Notícias já informou, a investigação apura os crimes de receptação qualificada e associação criminosa estabelecida a partir do conluio de lojas de peças automotivas com executores dos furtos, especialmente, de peças de alto valor no mercado, como módulo de motor, módulos arla e cervo de embreagem.
Três envolvidos investigados na primeira fase da operação Mercado Paralelo, em 2021, foram condenados pelo juízo da 2a Vara Criminal de Rondonópolis. As investigações apontaram que dois indiciados na fase anterior são proprietários de estabelecimentos comerciais destinados à venda de peças de caminhões e teriam contratado dois criminosos para executar os furtos e depois revender as peças em suas lojas de autopeças. Nesta nova fase da operação, a dupla de empresários é investigada como parte do núcleo relacionado aos receptadores das peças furtadas.