Uma empresária de 28 anos foi autuada em flagrante pela Polícia Civil nesta quinta-feira por estelionato e falsa comunicação de crime, após forjar o próprio sequestro na cidade de Várzea Grande, durante a madrugada. Ela foi ouvida nesta tarde na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), após ser localizada conduzindo seu veículo em uma avenida da capital.
Segundo a Polícia Civil, na madrugada desta quinta-feira, o marido da empresária procurou o plantão da 1ª Delegacia de Várzea Grande e registrou um boletim de ocorrência informando que estavam em uma festa, no bairro Nova Várzea Grande, quando sua companheira foi em uma distribuidora de bebidas conduzindo sua caminhonete Toyota Hilux e não retornou. Logo depois, ele recebeu imagens em vídeo que supostamente mostravam a mulher encapuzada, sendo mantida em cárcere privado.
Diante da possibilidade de um suposto sequestro, a GCCO passou a apurar a ocorrência e iniciou investigações para esclarecer o crime. No final da manhã, a investigação apontou que a caminhonete estava na região do Coxipó. Equipes da unidade foram ao local indicado e encontraram o veículo, sem a placa traseira, e conduzido pela, até então, vítima. Ela foi interceptada quando dirigia na avenida Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho).
Em entrevista preliminar com os investigadores, a empresária entrou em contradição várias vezes. Conduzida à GCCO para prestar depoimento, no entanto, acabou confessando, durante o interrogatório, que forjou o sequestro e o roubo do veículo. “Ela contou ainda que o objetivo era comercializar a caminhonete no mercado clandestino e depois receber o valor do veículo da seguradora”, explicou o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.
O veículo foi apreendido e a mulher autuada em flagrante por falsa comunicação de crime e estelionato. Após o interrogatório, ela foi levada para a sede da Polinter e depois será encaminhada para audiência de custódia no Fórum da Capital. O marido da suspeita prestou declarações e, de acordo com a apuração da GCCO, foi descartada a participação dele nos crimes. Conforme o delegado Vitor Hugo, a investigação continua para prender outros possíveis envolvidos.