O assassinato do acadêmico Toni Bernardo da Silva, 27 anos, na UFMT Cuiabá, com envolvimento de dois policiais e um empresário, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, foi lamentada pela Embaixada da República da Guiné-Bissau no Brasil, que em nota, garantiu que vai acompanhar o caso, que deve ganhar repercussão internacional. A embaixadora da República da Guiné-Bissau no Brasil, Eugénia Saldanha Araújo informa que “a nossa Missão Diplomática informa que está em curso diligências junto das autoridades brasileiras para o apuramento das causas da morte do referido estudante, e aproveita para endereçar a todos os estudantes guineenses no Brasil, em gesto de solidariedade, a sua profunda condolência”.
A Universidade Federal de Mato Grosso também lamentou a morte do ex-aluno Toni Bernardo da Silva e informou que está acompanhando e prestando apoio necessário. Informou ainda que o estudante veio para o Brasil por meio do PEC-G, programa desenvolvido pelo MEC/MRE, para cursar Economia na UFMT. Ele iniciou em 2006 e deveria terminar o curso em 2011, mas foi deligado da instituição em fevereiro deste ano por problemas como abandono dos estudos e a reprovação.
Toni foi espancado até a morte, segundo o delegado Antonio José Esperandio, pelos policiais militares Higor Marcel Mendes Montenegro, 24, e Wesley Fagundes Pereira, 24, que estavam à paisana na pizzaria e também o empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa, 27, que foram autuados pelo delegado e presos nesta sexta-feira (22). O motivo, conforme as investigações da Delegacia de Homicídios e Pronteção à Pessoa (DHPP), seria o fato do estudante que pedia dinheiro para clientes do restaurante, ter esbarrado na esposa do empresário que é filho de um delegado aposentado de Mato Grosso.
Conforme o relatos de clientes do local ao delegado, o empresário, Sérgio Marcelo Silva da Costa teria entrado em lutar corporal com o rapaz. Em seguida os policiais que estavam na pizzaria imobilizaram o estudante e depois os três passaram a desferir socos e pontapés até matar o estudante. Os três acusados disseram que “apenas imobilizaram à vítima”.
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