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Dono de bancas no shopping popular, policial e advogado integram quadrilha envolvida em roubos na capital

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Nove membros de uma organização criminosa acusada de movimentar R$ 1,7 milhão – proveniente da lavagem de dinheiro e comercialização de produtos roubados como cargas de eletroeletrônicos, acessórios e equipamentos de informática – foram presos, esta manhã, durante a operação “Mercatore”, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil. Ao todo, foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva e duas pessoas ainda estão sendo procuradas.

As investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), de Cuiabá, iniciadas há 1 ano, apontam que no topo da hierarquia da organização criminosa estão dois homens que administram quatro bancas no Shopping Popular, no bairro Dom Aquino, região do Porto, na capital.

Os dois suspeitos e outros sete membros estão presos, incluindo um policial civil. Um advogado e uma bancária que auxiliam a quadrilha também foram conduzidos coercitivamente para interrogatórios. O grupo é investigado em lavagem de dinheiro advindo de práticas criminosas, especialmente, roubos e furtos, receptação qualificada de cargas de eletroeletrônicos, estelionato, corrupção de agentes públicos e associação criminosa.

As bancas que funcionam no Shopping Popular foram lacradas na operação e todos os produtos apreendidos. Nas apreensões, ainda não contabilizadas, estão notebooks, computadores, celulares, acessórios para celulares e equipamentos informáticas, além de uma vasta quantidade de outros produtos do comércio popular.

Também foram apreendidas etiquetas usadas para trocar os selos de autenticidades com número de série dos equipamentos, como notebooks, de diversas marcas vendidas no mercado. “Além de alterar a configuração dos notebooks, também mudava as características do equipamento. Isso dificultava o reconhecimento das vítimas”, disse a delegada Elaine Fernandes.

Segundo a investigação, o líder do grupo criminoso era chamado pelo seu gerente de “pai”, em referência a um dos personagens da novela a “Regra do Jogo”, e definia o direcionamento das ações praticadas pelos integrantes da organização tais como métodos de lavagem de dinheiro, captação de recursos para financiar as ações criminosas, gerenciamento das atribuições de cada integrante, negociação das cargas roubadas, corrupção de servidores públicos, dentre outras estratégicas para manutenção da estrutura organizacional e econômica da associação criminosa.

A  base geográfica territorial da organização criminosa é o shopping popular, para onde a mercadoria receptada depois de ter os selos trocados era comercializada. “A receptação é um crime de extrema gravidade e força motriz de muitos outros delitos, que durante décadas foi tratado equivocadamente pela sociedade como crime de menor potencial ofensivo”, disse a delegada Elaine Fernandes.

De acordo com a delegada, que preside a investigação, o poderio da quadrilha é tamanho, que em apenas dois meses, o líder da quadrilha movimentou R$ 1,7 milhão em três contas bancárias. “Esse capital elevado é absolutamente incompatível com a denominação simplista de um comerciante. A quebra de sigilo bancário se refere a um período curto, que impede reconhecer que essa elevada movimentação financeira é apenas um recorte do amplo cenário que se constitui o poderio econômico dessa organização criminosa”.

As investigações apontam que o grupo está por trás, diretamente e indiretamente, de cerca de 90% dos roubos em comércio, precisamente a eletroeletrônicos.

As investigações da Polícia Civil apontam que o esquema era mantido por meio de empresas de “fachadas” para capitanear recursos junto às instituições bancárias e, assim, financiar os roubos, furtos e a receptação de cargas de eletroeletrônicos.

Foram identificadas nove empresas constituídas pelo grupo para lavagem de dinheiro. Uma delas foi instituída com documento falso, em nome do vice-líder da organização criminosa.

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