O delegado geral da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, Paulo Rubens Vilela, afirmou que o pedido de fechamento de 52 delegacias do Estado, feito pelo Sindicato dos Investigadores e Agentes Prisionais do Estado (Siagespoc) não será acatado. Em nota, o delegado destacou que “a medida vai contra os interesses da população, já que mesmo com poucos servidores, os cidadãos ainda dispõem do serviço policial”.
A nota afirma ainda que “a diretoria nunca negou a carência no efetivo e as dificuldades que os profissionais encontram devido às longas distâncias dentro do Estado mas entende que fechar as delegacias não é a melhor saída. Mesmo porque as delegacias de polícia são criadas por lei e obedecem a critérios tanto de abertura quanto do fechamento”.
Até 2014, quando Cuiabá será uma das cidades sedes da Copa do Mundo de futebol, o efetivo da PJC deverá ser reposto de forma gradativa. Segundo assessoria, do último concurso, além dos aprovados dentro das 60 vagas abertas para investigador e 140 para escrivão, a diretoria pediu que sejam empossados todos os classificados no concurso público, totalizando 360 novos policiais. Já o concurso de delegado está sendo retomado.
O pedido de fechamento das unidades ocorreu no final de semana, quando o Sindicato alegou a falta de condições. Segundo o jornal A Gazeta, pelo menos quatorze delegacias estariam trabalhando apenas com um investigador e, outras 52 estariam sem delegados. A entidade apresentou um relatório apontando que de 104 delegacias existentes no Estado, 56 tem efetivo inferior a 5 investigadores, número mínimo considerado para que as unidades tenham condições de atender as demandas da população.
Problemas relacionados a manutenção de viaturas e a estrutura das delegacias também foram elencados pelo sindicato.