A vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargadora Neusa Alves, negou pedido de habeas corpus da defesa do ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes. A defesa argumentou que a prisão dele, feita pela Polícia Federal na quarta-feira (1º), na sexta etapa da Operação Ararath, era "manifestamente equivocada" e se deu contra a prova dos autos e a decisão do ministro do Supremo Tribunal federal (STF), Dias Toffoli, que mandou soltar ele, quando foi preso na 5ª fase da mesma operação, em 20 de maio de 2014. Argumentos que não foram aceitos.
O advogado Ronan Oliveira já havia afirmado que o principal motivo que resultou na prisão foi a acusação de que o ex-secretário teria transferido um terreno para o nome de seu próprio filho. “Não houve esse tipo de transação que o Ministério Público acusa e que serviu de embasamento para a prisão dele. Isso sequer está cogitado. E vamos juntar toda a documentação necessária para mostrar que não houve nada disso que estão falando. Não houve mesmo”, ressaltou o advogado.
Segundo o delegado Marco Aurélio Faveri, da Polícia Federal, o ex-secretário estaria a utilizar “laranjas”, parentes e membros da família Piran para movimentar seu patrimônio e até pagar contas pessoais. Ele explicou que Eder teve bens bloqueados judicialmente, e que se utilizava desta estratégia para tentar não ser atingido. Ressaltou que as pessoas utilizadas como "laranjas" também podem ser responsabilizadas pelos crimes de ocultação e lavagem de dinheiro.
Segundo o delegado Marco Aurélio, somadas as ordens judiciais, "Eder deverá ter que devolver cerca de R$ 100 milhões", de acordo com Mídia News.