A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) indiciou 16 membros da organização criminosa investigada na operação “Mercatore”, deflagrada no dia 18 deste mês para desarticulação da quadrilha que fomentava uma série de crimes em Cuiabá. O inquérito foi encaminhado a Vara do Crime Organizado da capital.
Todos irão responder por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação qualificada, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato, corrupção ativa e passiva. Na operação, nove de onze mandados de prisão preventiva foram cumpridos, além de 12 conduções coercitivas para interrogatório e 34 buscas e apreensão.
A organização criminosa é acusada de movimentar R$ 1,7 milhão proveniente da lavagem de dinheiro e comercialização de produtos roubados como cargas de eletroeletrônicos, acessórios e equipamentos de informática.
As investigações da Derf de Cuiabá, iniciadas há um ano, apontam que no topo da hierarquia da organização criminosa estava J.S.F. e o gerente geral O.C.V., que administram sete bancas, sendo cinco em Cuiabá, no Shopping Popular, na região do Porto, na capital, e outras duas em Várzea Grande.
Os dois suspeitos e outros sete membros, incluindo um policial civil, continuam presos e responderão pelos crimes, assim como um advogado e uma bancária que auxiliavam a quadrilha – ambos conduzidos coercitivamente para interrogatórios. Também foram indiciados a filha do chefe da quadrilha, a nora e o sócio da empresa fraudulenta usada na lavagem de dinheiro.
O grupo é investigado em lavagem de dinheiro advindo de práticas criminosas, especialmente, roubos e furtos, receptação qualificada de cargas de eletroeletrônicos, estelionato, corrupção de agentes públicos e associação criminosa.
As investigações da Polícia Civil apontam que o esquema era mantido por meio de empresas de “fachadas” para capitanear recursos junto às instituições bancárias e assim, financiar os roubos, furtos e a receptação de cargas de eletroeletrônicos.
Foram identificadas nove empresas constituídas pelo grupo para lavagem de dinheiro. Uma delas foi instituída com documento falso, em nome do vice-líder da organização criminosa, que utilizava um documento de identidade falso.