Dezesseis pessoas envolvidas no assalto a caixas eletrônicos ocorrido no Edifício Milão, em Cuiabá, no dia 05 de maio deste ano, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual. A denúncia partiu do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e foi protocolada na Vara Especializada contra o Crime Organizado, Contra a Ordem Tributária e Econômica e Contra a Administração Pública.
A expectativa do Gaeco é de que a referida Vara não decline competência, pois tudo indica que o assalto foi praticado por pessoas que integram o crime organizado. A mesma espécie de crime foi realizada em várias cidades do interior e até mesmo em outros Estados. “Há denúncia por lavagem de dinheiro, e também por coação no curso do processo que caracteriza crime contra a administração pública. É mais uma razão que torna o Juízo Especializado Contra o Crime Organizado competente para o processo e julgamento”, afirmou o autor da denúncia, promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva.
O representante do Ministério Público argumenta que, além de crimes praticados por Organização criminosa, a Vara em questão é a competente para o julgamento de crimes contra a administração pública ou Lavagem de dinheiro ocorridos na capital. “Tenho verificado que aquele Juízo normalmente tem aceitado a competência para julgar qualquer crime quando haja conexão com crime contra a administração pública”, acrescentou o promotor de Justiça.
Segundo ele, das 16 pessoas denunciadas, 13 devem responder por formação de quadrilha, uma por coação no curso do processo, e o restante por lavagem de dinheiro. A quadrilha, conforme o Ministério Público, é formada por quatro grupos: informantes, executores da abordagem, executores do arrombamento e subtração e apoio técnico operacional.
Foram denunciados Genésio Eufrásio, Waldiney Marans dos Santos, Célio Jamil Campos França, Hernandes Roni dos Santos, Evandro Fernando de França Dias, Vinícius Bernardinelli Dacache, Eduardo Gonçalo dos Santos, Robenson Gusmão Santana Junior, Vinícius Viana da Costa, Luiz Fernando Almeida da Silva, Jair Ribeiro Filho, Vilmar dos Santos Souza, Paulo Eduardo Silva, Sueli Vedoi da Silva, Marlei Fátima Dorneles da Silva e Manoel Saraiva dos Santos. Os três últimos não foram incluídos no crime de roubo e nem no de quadrilha.
“Os denunciados uniram associando-se em bando de forma permanente para a prática de crimes contra o patrimônio não somente em Cuiabá, onde praticaram vários roubos, mas em outras cidades do interior do Estado de Mato Grosso, muitas vezes havendo revezamento de seus integrantes”, destacou o promotor de Justiça em um trecho da denúncia.