Os dois criminosos que participaram do assalto frustrado à casa do major aposentado Claudemir Gaspareto, 52 anos, executado a tiros na noite desta terça-feira (18), serão ouvidos nos próximos dias pela Polícia Civil. A oitiva faz parte de uma das linhas de investigação adotadas no caso, a de que a execução do militar possa ter sido motivada por vingança. Isso porque, na tentativa de roubo registrada em 2011, Gaspareto matou um dos assaltantes e baleou dois, que acabaram presos e cumprem pena atualmente na Penitenciária Central do Estado (PCE).
Titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Silas Tadeu Caldeira, ressalta que ainda não há uma linha definida para a investigação. “Ainda é muito prematuro afirmar que ele morreu por vingança, por conta desse roubo frustrado, ou por qualquer outro motivo. Estamos caminhando com a investigação, checando as pistas e informações que recebemos, e uma delas trata desses dois presos”.
Para Silas, o fato deles estarem presos não é considerado um empecilho para que tenham planejado a morte de Gaspareto, que serviu a PM por 28 anos e trabalhou como segurança do ex-governador Blairo Maggi (PR). “Exatamente por isso que estamos investigando isso também”.
Hoje, ele pretende ouvir, ao longo do dia, familiares e vizinhos do major, um deles que afirmou ter visto os assassinos no momento do crime. O delegado quer saber se Gaspareto possuía algum desafeto, se era ameaçado ou se algum fato registrado pode ter motivado a execução. “São essas informações que poderão ajudar a elucidar o caso”.
Caldeira ainda aguarda a conclusão do laudo pericial no carro do major e também em outro veículo, encontrado horas depois do crime, que provavelmente foi utilizado pelos três executores para cometerem o crime. “Independentemente destes laudos, estamos em diligências, buscas, obtendo informações e checando as denúncias que nos chegam. Estamos investigando o caso e iremos chegar aos autores”.