O delegado Márcio Portela comentou, hoje, sobre o caso do assassinato de Luciane Borges, 34 anos, morta com mais de 20 facadas, em uma estrada rural, que dá acesso a algumas fazendas e chácaras, nas proximidades da MT-242, sentido Nova Ubiratã. Segundo o delegado, neste momento, a Polícia Civil trabalha com várias linhas de investigação.
“A Polícia Civil assim que tomou conhecimento do fato, compareceu ao local, onde foi verificada a vítima, de 34 anos, com diversas facadas, no pescoço, na barriga e na cabeça. Uma cena bem grave. Um crime bem hediondo. No momento, a linha de investigação está bem aberta. Existem várias hipóteses que estão sendo constatadas, uma a uma, para identificar eventuais suspeitos”, afirmou Márcio.
A Polícia Civil não descarta que Luciane tenha sido vítima de violência sexual. “Por causa das circunstâncias em que ela foi encontrada, na questão das vestes (roupas), a Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) realizou a extração do material da vítima, justamente para verificar se existe essa possibilidade de violência sexual. Vai ser posteriormente confirmado ou não”.
O delegado explicou ainda que Luciane registrou um boletim de ocorrência por ameaça, há cerca de dois meses. Na ocasião, a mulher afirmou que estava grávida de dois meses. “Surgiu essa hipótese (de que ela ainda estaria gestante), mas a perícia já descartou. Então, nesse intervalo, ela provavelmente perdeu o filho que estava esperando”.
Márcio também detalhou que a mulher não quis representar na Justiça contra o ex-marido, que é acusado de cometer o crime de ameaça contra ela. Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil recebeu a informação de que ele não está mais em Sorriso.
Conforme Só Notícias já informou, o perito criminal Rogério Kolzer, da Politec, afirmou que foram constatadas lesões na cabeça, tronco e pernas. “O corpo também estava sem as vestes inferiores. É bastante recente (o crime) menos de seis horas. Provavelmente ocorreu neste local. Bastante sangue próximo ao corpo”. Kolzer apontou ainda que a vítima não teve tempo de defesa. “Certamente o agressor é bem mais forte que ela. Não encontramos lesões de defesa. O agressor prevaleceu e (ela) não conseguiu se defender”.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia antes de ser liberado para os procedimentos fúnebres. Luciane morava no distrito de Piratininga, em Nova Ubiratã.